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CORAGEM DAS CONVICÇÕES

Quase todos, ao nos depararmos com uma nova situação. Num primeiro instante, titubeamos na escolha da forma como a enfrentaremos, pois implica um processo decisório sobre as possíveis alternativas a serem adotadas; e decidir requer coragem, a força interior, que nos move à frente, superando o bloqueio do medo ou do temor sobre o resultado da ação e dos comentários que advirão.

Todo processo evolutivo, é o resultado das mudanças ocorridas. Se fizermos, sempre, as mesmas coisas, os resultados, inevitavelmente, serão os mesmos, por isso é necessário mudar.

O nosso comportamento é fruto da nossa forma de pensar, e mudar a forma de pensar exige muito esforço e coragem, pois teremos que deixar para trás as velhas ideias saindo da zona de conforto e adotar as novas.

Um fato interessante, é que diante de uma nova situação vivenciada, simultaneamente, por duas pessoas, cada uma terá a sua própria interpretação do fato, e a partir daí, alterará ou não a sua forma de pensar. Aquele que mudou a forma de pensar, ou seja, saiu da zona de conforto, não será compreendido pela sua nova postura por aquele que não mudou.

Se extrapolarmos essa análise para a sociedade, veremos que pouquíssimos são os que mudam, pois a maioria não quer sair da zona de conforto. No senso comum é melhor deixar como está, ao invés de arriscar, para se ter coisa melhor. Essa diferença de postura é que caracteriza os indivíduos proativos, aqueles que se antecipam e buscam soluções, daqueles que são reativos, ou seja só se mexem quando a água estiver chegando no umbigo.

Toda nova ideia é sugerida por um indivíduo, que a lança como teoria, trazendo no seu bojo uma nova verdade, e não é aceita pelo resto dos indivíduos, pois o novo contradiz tudo aquilo que a grande massa aceita como verdade, pois a maioria crê sem analisar, ou seja, tem a fé cega.

A descrença numa nova verdade fez parte da vida de todos os grandes pensadores, cientistas, pesquisadores, inventores, que com suas teorias foram discriminados nos meios onde viviam. Os poucos que aceitaram a nova ideia passaram a ser os veículos de divulgação, pois tiveram coragem das suas convicções a respeito da inovação.

Mas a Natureza não dá saltos, e a evolução só se dá com a inovação e renovação, e isso se realizará mais rapidamente se ampliarmos o nosso grau de criticidade e com a coragem de querer mudar.

Para tanto, deveremos analisar todas as possiblidades, buscando visualizar e entender o fato, mas sem nos envolver sentimentalmente com ele, ou seja, ter uma visão de fora da caixa, e depois da própria conclusão, defendê-la corajosamente, sem medo de perder até os amigos que discordam de você, por pensar e agir diferente deles.

Desta forma a tua fé ou convicção no algo novo, não será cega, pois a fé cega é aquela que não tem explicação. Por outro lado, a fé depois de analisada deixa de ser fé, e passa a ser uma ação racional, pois foi submetida ao crivo da razão.

Jesus foi o melhor exemplo de coragem da sua convicção, pois lançou uma nova teoria comportamental, que se for compreendida e seguida trará muitos benefícios a toda humanidade, e uma de suas máximas foi : …e conhecerão a verdade e ela vos libertará. (Jo.8.32).

Norberto Gaviolle

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