CIÚMES NOS RELACIONAMENTOS

Todos nós já sentimos ciúmes um dia não? É bom identificar a causa, como nos fala a Irene neste texto, para que não se torne um problema em nossos relacionamentos afetivos

Quase todo mundo, algum dia, já teve uma crise de ciúmes, seja pelo companheiro/a, filhos, objetos, etc. E é com certeza, uma das piores sensações que podemos ter.  O ciúme demonstra nossa falta de autoconfiança, o nosso medo de perder e aguça o nosso complexo de inferioridade.

Quando passamos a imaginar como é o outro, ou como pode ser a outra, quando estabelecemos comparações conosco, enfim, quando perdemos horas para tentar descobrir ou imaginar algo gastamos energia e nos sentimos impotentes porque não obtemos as respostas.

Temos que observar que muitas vezes o ciúme não passa de puro delírio, e às vezes tem fundamento.

O ciúme é um sentimento tão natural ao ser humano como o ódio ou a raiva e como todo sentimento tem seu lado positivo e negativo.

Nos relacionamentos onde os sentimentos de ciúme são moderados e ocasionais, ele de uma certa forma, lembra ao casal que um não deve considerar o outro como definitivamente conquistado. As relações devem ser cuidadas e melhoradas a cada dia. Exige criatividade e muita perseverança.

Pensando no Espiritismo o ciúme está relacionado com as nossas encarnações passadas.  Com grandes perdas e muita mágoa o que nos leva a não querer repetir essa experiência, fazendo com que vivamos inseguros. É como se fosse uma autodefesa, uma tentativa de bloqueio a perdas futuras.

Talvez seja até uma pessoa muito querida nossa que fugiu ou partiu com outro/a e por isso reencarnamos com medo de tudo ou de todos.

Os ciumentos sofrem com a simples possibilidade de perder, mesmo que seja coisa de sua mente, sofrem com esta situação, e não agem assim pelo prazer de dominar, mas porque para eles é uma atitude correta e justa.

Existem também os ciumentos movidos pelo egoísmo, que não tem ciúmes somente de pessoas, mas de objetos e de tudo o que possam a vir a ter. Existem os ciumentos que sentem ciúmes por determinada pessoa, como se fosse uma obsessão, onde para eles só esta pessoa tem importância.

O ciúme é um sentimento incontrolável determinado pela deficiência que o espírito apresenta.  Primeiro é necessário que a pessoa reconheça que é ciumenta, e a partir daí busque ajuda, psicológica, espiritual, e mude gradativamente a sua forma de pensar.

Dicas importantes: Goste de si mesmo.

Não deixe de ter amigos/as e de viver a sua vida. Mantenha independência psicológica.

Antes de brigar, ter crises de ciúmes pense mil vezes.

Não adianta implorar, chorar, se o outro tiver que ir ele/ela o fará. Temos nosso livre arbítrio.

Diálogo franco e aberto com o parceiro/a com reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo que possa levar a uma melhoria da relação.

Outra questão que se coloca é que o ciúme é tempero do amor… penso que erradamente foi criada esta afirmação, o ciúme talvez seja o tempero da discórdia, das brigas etc.. só que este sentimento pode vir a ser um empecilho ao prosseguimento da felicidade.

O amor quando é puro e verdadeiro não deixa espaço para coisas pequenas como ciúme. O amor como um sentimento nobre não combina com o ciúme. Podemos dizer que o ciúme é a falta ou uso incorreto do amor.

Irene Wenzel Gaviolle

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