O OUTRO

Passarinho fala um pouco sobre quem são “os outros” em nossa vida. Qual o verdadeiro papel que eles representam? Será que é só mesmo pra complicar a nossa existência?  

 

ILUSTRAÇÃO PASSARINHO 01Foi feita uma pesquisa, recentemente, e foi descoberto o maior problema da humanidade, que nos afeta a todos: o problema é… o outro.

Claro, se não fosse o outro, nós faríamos tudo melhor, seríamos mais felizes, ninguém nos atrapalharia…

Acredito que você entendeu que isso é uma brincadeira, mas que faz pensar, faz, não?

Eu acho que existem três tipos de outro. O outro que nos ajuda, o que nos atrapalha e o que nos influencia negativamente.

O que nos ajuda não precisa nem comentar. É o melhor outro que existe. Queremos muitos deles.

Agora, os outros dois “outros” é que são o problema.

O outro que nos atrapalha é aquele faz tudo errado, que é um estorvo, que não entende o que a gente fala ou o que precisa ser feito. Conhece?

Pois é… Cada um tem o outro que precisa, nós espíritas sabemos disso. Temos os nossos resgates e não só como vítimas, mas também como algozes.

O outro vem junto conosco, para resgatarmos. Para perdoarmos, mas também para sermos perdoados. Para termos paciência, mas também para terem paciência conosco. Será que só o outro é que erra? Nós não erramos e não atrapalhamos alguns outros também? Não podemos nos considerar superiores, pois não o somos. Lembremos que o outro também vai evoluir, como nós, como todos os espíritos que estão aqui na Terra. E esse outro, que nos atrapalha, pode evoluir muito mais rapidamente que nós. Veja só… aquele outro… pode evoluir mais rapidamente. Ou seja, paciência, compreensão, tolerância, amor e humildade. É o que se faz necessário para conviver com esse outro.

Tem também aquele outro que influencia de forma negativa, com sua opinião, seu comentário, seu julgamento e o que ele pensa de nós.

Sabe o que é a opinião desse outro? É a opinião dele. Só isso. Simples assim. E nós não temos nenhuma influência nisso. O que o outro vai pensar de mim é um problema dele… Se ele pensar mal e eu não fiz nada, não tenho com o que me preocupar. Se ele pensar mal e eu tenho culpa… do que estou reclamando? Melhor ficar quieto e consertar o erro. Não podemos ter como meta agradar a todos. É impossível. Sempre teremos “outros” que não gostam e que discordam de nós. Portanto, temos que fazer o nosso melhor, sempre, com a consciência tranquila e a certeza de termos dado nosso máximo. Agora, se o outro não entende, não faz mal. Vamos em frente. Deus está vendo. E está mesmo.

Principalmente, Ele está vendo nossa falta de compreensão de que esse outro, que ajuda, que atrapalha ou influencia negativamente é o tal do próximo. Ou seja, “amai ao próximo” pode ser “amai ao outro como a si mesmo”. Amai ao outro como gostaríamos de ser amados. Mesmo se esse outro não nos amar tanto assim. E sejamos autênticos, sinceros, íntegros, independentemente do que qualquer outro irmão possa pensar. E vamos lembrar disso: todos os outros, quaisquer que sejam, são nossos irmãos.

José Rodrigues Passarinho

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