A INFÂNCIA E A EVANGELIZAÇÃO

Porque é tão importante para nós espíritas incentivarmos a evangelização logo na primeira infância? Neste artigo Taisa nos fala sobre a necessidade de estimular nos pequenos, que estão em sua fase mais receptiva, os bons sentimentos, os melhores valores e acima de tudo, apresenta-los a Jesus.

Crianças são uma das coisas mais maravilhosas deste mundo. Isso ninguém pode negar. Entretanto, os pequeninos não vêm para preencher a vida dos pais, realizar seus sonhos ou dar como cumpridas as suas metas. São espíritos antigos, podendo ter até maior número de experiências encarnatórias que os próprios seres que os acolhem na vida presente. Por uma infinidade de motivos diferentes, do convite fraterno ao resgate desafiador, são designados ao seio de específica família.

A infância é o momento mais importante para a moldagem do caráter de um Espírito em uma encarnação, principalmente nos sete primeiros anos. Durante este período, sua personalidade se encontra adormecida, como que numa amnésia temporária, para lhe dar a oportunidade de aprender novamente, na sua maior capacidade de amar e na sua forma mais humilde e sincera. É durante esta fase que ele se encontra mais maleável e receptivo aos estímulos, de forma que as impressões que recebe serão determinantes para sua personalidade no futuro, nesta ou até em próximas existências.

Desta forma, a responsabilidade dos pais ou dos adultos que pelos pequeninos zelam não pode ser negada ou negligenciada. Não é possível aguardar que a criança cresça para que aí então decida-se imprimir-lhe ideias ou cobrar uma ou outra posição. Quem opta por tal comportamento, quase sempre acaba se arrependendo. É durante a infância que se deve ensinar os conceitos de certo e errado, que se deve explicar sobre a consciência, sobre não fazer com o outro o que não se deseja para si e que se deve apresentar-lhe todas as virtudes que farão a diferença no seu futuro e no seu desenvolvimento espiritual. Mais do que qualquer herança material, os valores aprendidos nos primeiros anos de uma vida são o bem maior que aquele Espírito poderá levar consigo, pois eles o acompanharão pela eternidade.

Neste sentido, para os espíritas a evangelização também não pode aguardar o passar dos anos para ser iniciada. Não se deve esperar a criança crescer para que ela possa escolher uma religião, se isso lhe aprouver. Na infância, sob a responsabilidade direta dos seus pais e com todo amor que lhes é dado, a apresentação de Jesus e seus ensinamentos deve ser mandatória. Deve-se aproveitar ao máximo este período de latência da personalidade e do alto poder de absorção do espírito para impregnar todos os conhecimentos disponíveis para facilitar a superação dos desafios pelos quais ela vai passar.

Quantos de nós gostaríamos de ter tido contato com a doutrina há mais tempo? Quanta dor e sofrimento poderiam nos ter sido evitados se já houvéssemos trabalhado nossa reforma íntima desde o comecinho? Basta pensar sobre isso para realizar que não se deve privar nenhuma criança deste conhecimento por nenhum motivo. E, tendo essa consciência, nossa responsabilidade será proporcionalmente cobrada mais cedo ou mais tarde.

Taisa Bacharini

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