MEDO DE AMAR

Mesmo sabendo que o sentimento mais belo e profundo é o amor, muitos ainda sentem medo de amar. Irene nos fala de algumas razões para isso e também nos dá algumas dicas para superar essa dificuldade afetiva comum a tantas pessoas

Muito frequente é o medo de amar que está relacionado à insegurança emocional que se torna um grande desafio para o ser.  O individuo enfermiço, de conduta transtornada, inquieto, ambicioso, evita amar, a fim de não se desequipar dos instrumentos nos quais oculta a sua debilidade afetiva, agredindo ou usando outros disfarces variados.

No medo de amar, estão os traumas de infância, cujos reflexos se apresentam em relação às demais pessoas como projeções dos tormentos sofridos naquele período.  Também pode resultar de insatisfação pessoal, imaturidade psicológica, reminiscências de sofrimentos, ou nos usos indevidos em reencarnações passadas.

Existem algumas razões pelas quais as pessoas evitam entrar em um relacionamento e amar:

  • Medo da dor: se nos apaixonamos corremos o risco de sermos feridos; sentimos desabar as nossas defesas e ficamos expostos ao sofrimento.
  • Medo de não ser correspondido ou mesmo de não corresponder.
  • Medo de romper com os laços familiares: O relacionamento exige atenção e tempo, mas isto também nos leva a dar um passo maior em direção à nossa maturidade.
  • Medos existenciais: Quando amamos, apreciamos o valor real das coisas. Saúde, sociedade e vida cotidiana parecem presentes, e passamos a nos conscientizar mais sobre a existência da morte, tanto a nossa quanto a de familiares.
  • Medo de sair da zona de conforto: É muito fácil se acostumar com a solidão e com a comodidade de continuarmos com as nossas atitudes rotineiras, mesmo quando elas não permitem que sejamos felizes. Sabemos que, para ter uma vida melhor, muitas vezes temos que fazer mudanças em nossos hábitos e na nossa maneira de pensar, mas a inércia e o medo do desconhecido muitas vezes nos fazem preferir ficar onde estamos.

Quando o amor se instala no ser humano, de imediato uma sensação de prazer aparece naturalmente, enriquecendo o ser de vitalidade e alegria com as quais adquire resistência para a luta e para os grandes desafios.

Segundo Joana de Angelis no livro “Amor, imbatível amor” “o amor resulta da emoção, que pode ser definida como uma reação intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha dum estado afetivo de concentração penosa ou agradável, do ponto de vista psicológico.  Também pode ser definido como o movimento emergente de um estado de excitamento de prazer ou dor”.

Para superar o conflito do medo de amar, deve-se iniciar o esforço de afeiçoar-se a alguém, não gerando dependência, nem impondo condições.  Somente assim a vida adquire sentido psicológico e o sentimento de amor domina o ser.

Irene Wenzel Gaviolle

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