Paulo, escreve aos Filipenses e menciona “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”.
Sempre encontramos motivos para as lamentações, murmurações e queixas, mas o que as acompanham? Sentimento de não suportar, ingratidão, injustiça, azedumes, como se apenas a nossa fosse única e válida.
Sem falar do que atraímos com nossas constantes queixas, a companhia de quem também sente a insuportável injustiça.
Claro que existem dores quem valem todo o nosso respeito, as doenças que nos abatem de pronto, deixando uma infinita lastima. O choro da perda e da saudade inconsolável, que só o tempo ajuda a cicatrizar.
Mas falo de queixa pela vida, das companhias que estão no nosso caminho, da família, da rigidez que tratamos os demais que partilham experiências conosco. O que não suportamos no outro, nos cegando, sendo o espelho que reflete nossa imagem.
Quando partimos para as reclamações e embates, gastamos energias e deixamos as influências perniciosas tomarem conta de nossa mente, desviando da rota que permite a reflexão do que estamos passando. Nos recusamos a olhar a realidade com olhos de conhecimento e oportunidades, um caminho novo, um pensar diferente, uma experiência saudável.
A queixa serve também como uma defesa, para não considerarmos o novo, o desconhecido, esconder nossas fraquezas, não buscar a realidade, olharmos o outro com olhos de quem partilha da mesma dor, insegurança e sem julgamentos.
Tarefa nem sempre fácil no decorrer dos nossos dias, mas vale observarmos o verdadeiro motivo de tantas irritações, porque nos fechamos sem admitir que nosso azedume impede a luz que poderia abrir nossa mente para a construção de um olhar mais animador sobre determinada situação que estamos vivendo.
No passado vivenciamos lutas corporais, onde o mais fraco era dominado pelo mais forte. Mas atualmente nossas lutas estão na nossa origem, nas nossas murmurações, conflitos e tormentos íntimos, que muitas vezes está bem escondido em nós.
A vida não pede queixas nem murmurações e sim desenvolvimento. E esse conquistamos através da humildade, vivenciando nossas dores diárias com a fortaleza do porvir, de que tudo vale a pena, nada acontece em vão.
Aqui fica um convite para um brinde de otimismo!!
ANDREA REJANE DOS SANTOS