O LIVRE ARBÍTRIO E O NOSSO ANJO DA GUARDA

Afinal de contas como se dá a ação de nosso Mentor e de nossos obsessores sobre nós? Uma aula este artigo do Norberto. Vale a pena ler.

Muitas vezes nos questionamos, por que o nosso anjo da guarda não nos livra dos infortúnios que enfrentamos na nossa vida e, algumas vezes, até achamos que ele não é tão “guardador” como gostaríamos que ele fosse. Para facilitar a nossa conversa, vamos chamá-lo de mentor.

Por outro lado, quando uma coisa começa a dar errado, parece ser a porteira aberta, para que mais coisas desagradáveis se sucedam. Aí ficamos cada vez mais vulneráveis e, mais perturbados, e, se não nos atentarmos em mudar de rumo, vamos afundando cada vez mais, como se estivéssemos sendo carregados para tal fim.

Conforme muito bem descrito no O Evangelho Segundo o Espiritismo, as nossas aflições têm duas origens, ou são consequências de nossas vidas anteriores, ou são resultado das opções que fazemos nesta vida.

Os resultantes de vidas passadas, os enfrentamos como resultado da lei de causa e efeito.  Nesse caso não há interferência direta do nosso mentor, pois ele também dá cumprimento a esta lei imutável, cabendo a nós resgatar o mal que causamos, na medida da nossa conscientização.

Se o mal que estamos vivendo, teve origem nesta vida, o desejo de que nós permaneçamos nessa situação é reforçado pelos nossos obsessores. Nesse caso eles nos influenciam com toda força que dispõem, como uma forma de se vingarem dos males que causamos para eles em outras vidas.

Convém lembrar que o obsessor, na maioria das vezes, foi um amigo ou alguém com o qual convivemos e não aceitou algo que fizemos para ele, e quer dar o troco, na forma de vingança.

Se analisarmos tecnicamente a atuação do mentor como a do obsessor, ambas se dão pela influenciação mental, ou seja, por ondas mento-eletromagnéticas, na forma de pensamentos, que captamos ao sintonizá-las, na forma de ideias que nos são sugeridas, conforme André Luiz nos descreve em Mecanismos da Mediunidade.

A ação de interferência do obsessor começa, sutilmente, na forma de obsessão simples, indo daí para a fascinação e depois, até à subjugação corporal, onde ele tem o domínio completo do corpo do obsidiado.

Mas se o obsessor pode dominar até o corpo do seu ex amigo, nesse processo de vingança, por que o mentor também não nos domina e nos põe forçosamente no caminho do bem?

Aí é que está a diferença entre o obsessor e o mentor.

O obsessor, não respeita o livre arbítrio dos outros, com isso invade os territórios mental e físico do obsidiado. A invasão do território mental se dá pela imposição de suas ideias induzindo a mudança comportamental da sua vítima, e, a invasão do território físico, está na absorção da energia vital, como forma de vampirismo.

As ações do obsessor se dão pela não prática do perdão e, pelo descumprimento das leis morais. Por não as conhecer ou por não querer vivenciá-las, como forma de extremo egoísmo, pois se acha dono da verdade.

Por outro lado o mentor, por ser um Espírito mais elevado, com um mínimo de conhecimento e prática evangélica, respeita os dois territórios do seu protegido, não interferindo no livre arbítrio dele.

O fato do mentor não interferir, não quer dizer que ele não deixa de nos querer bem, irradiando através do seu pensamento, boas ideias para nós. Nós é que não nos sintonizamos na onda pensamento, boa, dele.

O pedi e obtereis, cabe muito bem aqui, pois, quando mudarmos a forma de pensar mal, e nos ligarmos nas coisas boas estaremos sintonizando o nosso mentor e, todos os demais trabalhadores para o bem comum.

Tanto o nosso obsessor quanto nosso mentor emitem, simultaneamente, as próprias ondas pensamento na nossa frequência, por questão de afinidade, cabendo a nós sintonizarmos aquela que queremos.

Norberto Gaviolle

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